quinta-feira, 15 de novembro de 2018

AMARRAS


Soltei às amarras que me prendiam
A alguém que já não mais me pertencia;
Sua indiferença me fez agir assim.
Sua presença distante

Apagou a chama de um amor
Que pensei que era sem fim,
Ele foi igual as flores,
Que desabrocham ao amanhecer

E, depois de toda à sua apoteótica
Beleza, perdem à sua formosura;
E subitamente murcham
 Carentes de carinho;

Sem a luz dos devotados afetos;
Dos admiradores secretos
Que afagavam suas pétalas
Movidos pelo fogo da paixão.

Se o meu pecado foi lhe amar!
Saiba que eu pequei demais!
Que minha voz de sonhador
Perdeu-se no vazio sem eco;   

Dos sentimentos recíprocos,
Que enquanto duraram foram lindos
E marcaram para sempre nossas vidas