quarta-feira, 21 de novembro de 2018

MARAVILHAS OCULTAS


A vida é como as maravilhas ocultas
 Dos oceanos!
De enigmas que jamais serão decifrados.
Olência de natureza rara
Composta por essência desconhecida.

De mutantes faces que reluz
No clarão da aurora;
E que assume facetas diferentes
Quando o ocaso se aproxima.

E no meio de tantos sonhos
A realidade se torna o avesso
Das esperanças almejadas,
E dos desejos cálidos.

Mas, o tempo segue seu curso normal
Como as nuvens de algodão;
Deixando em seus passos
Marcas indelével de sua passagem.

Senhora absoluta de todas as épocas;
Regente de saudosos cânticos,
Que nos conduz pelos seus abrolhosos
E floridos caminhos.

Ah, vida! Deusa das transformações,
Que não deixa alternativas de escolhas.
Chama virtual que aquece o viver
E que aos poucos vai se apagando.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

AMARRAS


Soltei às amarras que me prendiam
A alguém que já não mais me pertencia;
Sua indiferença me fez agir assim.
Sua presença distante

Apagou a chama de um amor
Que pensei que era sem fim,
Ele foi igual as flores,
Que desabrocham ao amanhecer

E, depois de toda à sua apoteótica
Beleza, perdem à sua formosura;
E subitamente murcham
 Carentes de carinho;

Sem a luz dos devotados afetos;
Dos admiradores secretos
Que afagavam suas pétalas
Movidos pelo fogo da paixão.

Se o meu pecado foi lhe amar!
Saiba que eu pequei demais!
Que minha voz de sonhador
Perdeu-se no vazio sem eco;   

Dos sentimentos recíprocos,
Que enquanto duraram foram lindos
E marcaram para sempre nossas vidas

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ILUSÃO NOTURNA


Talvez o meu amor!
Não tenha sido para você
Tão importante assim;
Foi apenas um sonho!

Que habitou o seu coração
Numa madrugada qualquer,
Que nos atraiu num soslaio
De um olhar passageiro;

E nos fez acreditar na magia
Dos furtivos encontros,
Que nos levou pelos desconhecidos
Caminhos dos sentimentos indefinidos.

É, quem sabe se tudo não foi apenas
Uma frágil sensação de momento;
Falsa como o sorriso
Que brotou dos nossos lábios

Naquela noite onde a paixão reinava,
Absoluta na frivolidade do ambiente,
E por entre as cortinas ocultava
Nossos anônimos rostos.

E, eu acreditei nas fantasias soltas,
Que emolduravam o seu semblante.
E, lhe amei, mesmo sabendo que tudo
Era apenas uma ilusão noturna.