terça-feira, 7 de maio de 2013

RESTOS



Restos de um amor,
Que aos poucos
Foi nos deixando.
Nosso olhar
Já não tem o mesmo brilho.
Nossa alegria não é a mesma,
Toda beleza que nos encantou
Dissipou-se em meio,
As dúvidas que surgiram
Em nosso caminho.
Estamos juntos e distantes,
Seguimos sentidos opostos
Fugindo da felicidade,
Que outrora
Era nossa companheira.
A canção da despedida
Já se faz presente,
Em nossas vidas.
A neblina do adeus nos envolve.
O silêncio das palavras,
É apenas um pretexto
Para o fim de tudo,
De um sonho
Que foi lindo enquanto durou.

SENTIR



Sinto o cheiro das matas!
O aroma das flores silvestres
Purificando o ar.
Relembro às águas dos regatos
Cristalinos escorrendo,
Pelos vales verdes
Da minha terra.
Há! Como era lindo!
O amanhecer de outrora;
A beleza do sol
Nascendo,
Por trás dos montes
Dourados.
Sinto a alegria das manhãs!
Explodindo no meu sorriso,
Transformando meu semblante
De jovem sonhador,
Correndo pelos campos
Salpicados de margaridas,
Sem tempo pra chegar.
Sinto a meiguice das tardes!
Com seu canto mavioso,
Embalando corações apaixonados,
Que se entregam
Ao feitiço mágico
Do desejo de viver.