Deus me concedeu o privilégio de nascer
no Brasil, eterno país do futebol. Aprendi ainda criança a amar essa modalidade
esportiva, que tanto me fascina e me conduz na maioria das vezes ao delírio das
lágrimas, na exaltação de um título conquistado ou perdido. Sou um contumaz amante
do futebol arte.
O
mundo futebolístico está mais pobre, entristecido pela partida de um gênio do
futebol mundial, aquele que talvez tenha sido o único a se aproximar do maior ícone
do século, Edson Arantes do Nascimento, nosso rei Pelé, reconhecidamente um dos
maiores atleta de todos os tempos. Dieguito, Dom Diego, Diego Armando Maradona Franco
“MARADONA”. Nos deixou em uma viagem sem volta, quando no auge da sua carreira
anunciou sua despedida ao enveredar pelos caminhos das drogas. Ali começava a
decadência do maior jogador argentino, que elevou na época a Argentina ao topo
do mundo. Teve à carreira marcada pela genialidade dentro dos campos e fora deles
polêmico e irreverente.
Nasceu no dia 30 de outubro de 1960,
viveu a infância em Villa Fiorito, na periferia de Buenos Aires. O seu talento
para o futebol apareceu cedo e logo despertou o interesse dos clubes da cidade.
Em 20 de outubro de 1976 aos 15 anos, estreou profissionalmente pelo Argentinos
Junior. Sua vertiginosa carreira cada vez mais ascendia e no final de 1980, já
despertava interesse dos grandes clubes europeus, mas preferiu ser transferido
para o Boca Juniores, clube do seu coração. No ano de 1982 foi vendido ao
Barcelona, onde talvez tenha vivido um dos piores momentos da sua vida,
contraiu hepatite e sofreu uma grave lesão ao fraturar a perna, ficou muito
tempo longe dos gramados e durante esse período foi acometido por sucessivas
crises emocionais que o levaram a usar cocaína.
Em
1986, no México, foi o astro da competição, bicampeão mundial com a Argentina marcando
dois golaços contra a Inglaterra, pelas quartas de final, sendo um deles
sobrenatural, pois o juiz não viu o toque de mão, lance que ficou famoso como
sendo “La mano de Dios”.
Vivenciou uma época áurea no Napoli nos
anos de 1986 a 1990, onde praticamente conquistou todos os títulos que
disputou. Participou das copas de 1990 e 1994 e nessa última em plena
competição foi flagrado no antidoping e terminou sendo excluído do torneio. Em 1995
retorna ao Boca Juniors, mas já não era o mesmo Maradona de antigamente e em
outubro de 1997, deixa definitivamente o futebol.
O término da carreira o deixou cada vez
mais exposto ao vício das drogas sendo inclusive hospitalizado várias vezes por
overdose de cocaína, associado ao consumo excessivo de bebidas alcóolicas,
fragilizando cada vez mais à sua saúde.
Diego Armando Maradona Franco, um dia você
parou o mundo para assisti-lo e aplaudi-lo como sendo uma das maiores estrelas
do futebol mundial e vendo o sonho daquele menino humilde da Villa Fiorito se
realizar.
Hoje, o mundo parou para dizer adeus ao ídolo,
ao mito, a lenda que ficará eternamente imortalizada na lembrança e na saudade
dos dribles desconcertantes, no grito de gol que ecoará no vazio da sua ausência.
Que o Senhor o receba na sua infinita
glória. DESACANSE EM PAZ!