quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

ESTRELA DO MAR (SONETO)

 

Caminhando pela praia deserta

Te encontrei na areia brilhando.

Pelas águas mansas eras coberta

Parecia uma deusa bailando.

 

Na correnteza cristalina da vida

Ela surgiu radiante

Da natureza adormecida

De um mundo distante.

 

Atriz de outras passarelas

Que desfila com sutileza

Pelas ondas de corais amarelas.

 

Estrela de uma constelação;

Princesa das profundezas

 Diva de divina inspiração.

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

ESTRELA MAIS BRILHANTE (SONETO)

 

Meu olhar contempla o infinito;

Ouço o teu solitário grito

Vindo de um mundo bem distante;

Procuro no firmamento a estrela mais brilhante

 

Encontro-te no céu a cintilar

E uma lágrima pelo meu rosto se vai a rolar.

Sinto que o teu perfume o ar suaviza

E na distância se eterniza,

 

Como as nuvens de algodão,

Que levaram para sempre o teu coração

E que me fascina nas noites de luar.

 

Comigo ficou somente a imagem da felicidade

Gravada no arquivo miríade da saudade

Que para sempre irei cultuar.

 

 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

NUNCA ESQUECI (SONETO)

 

Eu queria ser um anjo para te procurar

E na imensidão do universo te encontrar;

Sentir outra vez o desejo de acariciar o teu rosto

E me perder nas sinuosas curvas do teu corpo.

 

Relembrar o que já não pode mais ser vivido

Pois ficou na distância perdido.

Talvez, tenha sido como as chuvas de verão

Que se precipitam do alto e cedo se vão,

 

Nas conrrentezas de um lindo amanhecer

Salpicadas pelas pétalas de um novo florescer

Que me seduziu quando te conheci.

 

A tua ausência desperta o meu desejo

Sinto a falta do teu beijo

Do teu amor que nunca esqueci.

 

 

 

 

 

domingo, 28 de janeiro de 2024

LUZES DO AMANHECER (SONETOS)

 

As luzes do amanhecer têm um brilho diferente

Nos seus reflexos encontramos o acordar da vida

Radiante despontando no nascente

Inicio de mais uma história a ser vivida.

 

No apogeu de um novo tempo

Aos poucos tudo vai despertando;

O aroma do recomeço vem no vento

No revoar dos pássaros cantando.

 

Na magia poética das paisagens

A natureza radiante começa florir;

Os regatos cristalinos se vão afluir.

 

E o mundo começa a girar às suas imagens

No eixo do universo adormecido

Grandioso e desconhecido. 

ESTRELA VIRTUAL

 

De repente em uma esquina qualquer

Visualizei aquela linda mulher

Seu olhar se deparou com o meu

E um sentimento diferente aconteceu.

 

Perdi-me no tempo e nunca mais a encotrei;

Sonho acordado que ainda lhe acharei,

Ela permanece viva na minha mente.

Quiça, eu a reencontre de repente

 

Em uma dessas esquinas da vida

 Por entre as flores adormecida

Que o meu sonho embala

Na nostalgia de uma madrugada.

 

Ela passou como o anonimato da brisa

Que no poente nos fascina,

E deixa o seu aroma expraiado no ar

E no coração aprisionado o desejo de amar.

 

Vivi um místico encantamento,

Guardei o seu rosto no meu pensamento

Talvez, tenha sido apenas uma personificação

Tudo foi apenas um momento de ilusão.

 

Já não sei se sua imagem foi real

Ou, se foi um reflexo de uma linda estrela virtual,

Que fugiu da sua constelação e por aqui passou

E se foi quando à noite chegou.

 

 

 

 

domingo, 21 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO FATOS ANTIGOS (CRÔNICAS )

        A vida é assim, seus caminhos são pontilhados pelas surpresas que se contrapõem aos dogmas filosóficos. No paradoxo das nossas caminhadas às vezes nos deparamos com as encruzilhadas das suas estradas que nem sempre nos conduzem ao destino que planejamos. Ela é silenciosa e nunca nos revela os seus segredos, é uma incógnita, impossível de conhecer os seus resultados, pois as suas variáveis são parâmetros que estão além da capacidade da mente humana. Tudo é criptografado no incógnito livro do nosso destino. A cada dia uma nova página é escrita; a cada virgula um novo parágrafo; a cada ponto um novo capítulo é redigido.

        Sabe aquele tempo que vivi e que jamais esquecerei? Foi maravilhoso e permanece até hoje na minha memória. A magia das ruas ainda rústicas, pintavam a natureza, com o seu design encantado que me extasiava com suas formas geométricas. Caminhei pelas estradas carroçáveis dos verdes campos da juventude, fascinado pelas paisagens de uma época áurea. Fui artífice e ator das peças encenadas pelos palcos por onde passei. As máscaras que usei deixe-as nos jardins das flores que cultivei e desabrocharam nos canteiros de uma imensa saudade.  

         Eu queria despertar das relíquias do passado, os momentos lindos que vivi, corrigir os meus erros e dá vida as minhas fantasias, poder despertar o silêncio dos segredos que me foram proibidos revelar. Eu queria transformar em realidade os meus sonhos que na minha inocência deixei morrerem sem ao menos tentar vivê-los. Sentir na minha boca a doçura daqueles lábios anônimos que me encantaram e me levaram a descobrir pela primeira vez uma estranha sensação e que depois vim a descobrir que era amor. Sinto o frescor da brisa dos finais das tardes de verão tocando o meu rosto como antigamente umedecendo o meu corpo com o orvalho de um crepúsculo mágico que foi cenário das minhas paixões proibidas.

         Sempre lembrarei das belezas que jamais conseguirei apagar da minha mente fui e sempre serei um viajante de outras épocas cavalgando pelos vales; pelas planícies, bailando pelas ondas feiticeiras de um mar que purificou meu corpo e elevou à minha alma para além das estrelas onde moram as musas encantadas dos versos e rimas das minhas poesias, que flutuam pelo infinito mundo das minhas recordações.

          Ah, como queria correr atrás das minhas translúcidas ilusões e torná-las realidade dentro dos meus pensamentos. Eu queria viajar pelas minhas miragens e poder torná-las reais, mas tudo é impossível, não se pode trazer de volta o que o tempo transformou em cinzas, me despeço dos meus devaneios e me encontro com o misticismo do meu presente que dentro em pouco será mais uma lembrança adormecida no meu passado.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

FLORES BELAS (SONETO)

 

Sinto o aroma das minhas flores;

Lindas e fascinantes que me levam a sonhar

Com os tempos encantadores

Que me ensinaram a amar.

 

Deslumbro-me com a magia do sol nascendo

Seus raios dourados nas matas refletindo

A beleza da vida florescendo

E o explendor da tarde partindo.

 

Vejo as rosas desabrochando pelos caminhos;

O aroma de suas petálas desperta a felicidade

Que adormeceu no berço da saudade.

 

E a solidão marca o meu rosto com seus espinhos,

Já é madrugada, adormeço com o brilho das estrelas

E outra vez me encontro com as minhas flores belas.