quinta-feira, 28 de abril de 2022

MINHAS VENTURAS

 

Ontem contemplando as incertezas

Das minhas venturas

Encontrei-me com as belezas

Da vida e suas ternuras.

 

Com as fantasias dos meus sonhos adormeci

Numa linda madrugada qualquer,

E me reencontrei com os olhos que nunca esqueci

Que brilhavam naquele belo rosto de mulher

 

Como uma estrela perdida no meu pensamento;

Vagando a esmo pelos jardins das constelações

Celestes que florescem no firmamento

Como as rimas das minhas canções.

 

Então, naveguei pelo oceano dos prazeres sagrados;

Pelos anseios profanos dos desejos

Dos nossos corpos ao amor consagrados

Pela doçura dos nossos beijos.

 

Sinto outra vez seu cheiro de flor;

A meiguice do seu sorriso inocente

A magia daquele olhar sedutor

Tão, fascinante e reticente.

 

Aos poucos os meus devaneios vão sumindo

E, as nuvens da realidade me despertam;

O nevoeiro dos sonhos vai partindo

Os encantos da noite já se dissiparam.

 

 

 

domingo, 24 de abril de 2022

RESPLANDECENTE

 

No infinito brilha uma estrela

Que certa vez cintilou na minha vida

Resplandecente como uma centelha

De uma bela paixão vivida.

 

Ando a esmo pelas desertas ruas

Procurando lhe encontrar

Por entre os encantadores reflexos das luas

Que me ensinaram a lhe amar.

 

A brisa fria da noite desalinha meus cabelos

E me perco no tempo que passou,

Vejo que é inútil meus apelos

Nada para ser lembrado você deixou.

 

Relembro os acordes daquela maviosa canção

Que vinha no vento flutuando

E fazia morada no meu coração,

Que o seu amor ficava cultuando.

 

Mas tudo foi um sonho lindo de viver;

Um belo amor que se tornou proibido,

Que não teve forças para sobreviver

E foi pelo adeus preterido.

 

O firmamento sempre será o meu lugar;

Sua mística imagem me seduz

Quando encontro o seu olhar

Refletido na magnitude de um facho de luz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 9 de abril de 2022

PORTO DAS RECORDAÇÕES

  

Hoje te contemplo e de longe

Vem um sentimento que me faz recordar

Aquele inocente olhar,

Quando nos encontramos

Pela primeira vez e fui envolvido

Pelo brilho das tuas estrelas.

 

As ondas esverdeadas do mar

Te rodeavam numa tênue calmaria

E as aves bailarinas das águas

Te cultuavam com a magica coreografia:

Dos místicos ciclos da natureza

Das manhãs; das tardes;

Das noites e madrugadas.

 

A brisa litorânea do entardecer

Emaranhava meus rebeldes cabelos

 E um ávido desejo de te encontrar

Outra vez, floresceu dentro de mim.

Já não sou mais aquele menino

Sofri com às transformações do tempo.

 

Mas, a tua imagem permanece gravada

Na retina do meu coração;

No reflexo das minhas lembranças

De um luar que me encantava

Quando descalço corria

Pela tua plataforma de embarque.