sábado, 27 de abril de 2019

GRAMADO


Deusa que me enfeitiçou
Com teu encanto!
Que me envolveu com o nevoeiro
Dos teus sonhos;

Que se esconde por entre a cerração
Da essência do espírito
Que habita tuas divinas serras,

E, te purificam com o perfume
Das airosas hortênsias  
Que adornam teus jardins.

Extasiante beleza que aflora
Do teu sobrenatural relevo;
Das tuas cascatas cristalinas,
E, dos teus vales sagrados.

Berço terreno de tantos
Imigrantes que em teu solo
Pousaram e se apaixonaram
Pelo teu portento aconchego.

Amores que se agasalham
No frio das tuas madrugadas,
E, se embriagam
Nos drinks dos teus suaves vinhos.

És santuário que abriga
Tantas crenças em teu seio;
Catedrais e igrejas
Que guardam em teu silêncio
Anônimos segredos.

Princesa que jamais dorme!
Sentinela de um reino
Onde às fantasias;

Adornam o sono
Dos teus súditos,
E, se tornam personagens
 Reais, a cada amanhecer.










sexta-feira, 26 de abril de 2019

PÁSSARO DE PRATA


Pássaro de prata de asas brancas
Voando por entre as constelações.
Aos poucos vai encurtando
A distância da tão esperada chegada.

Por entre as nuvens
Das recordações
Sigo o traçado do retorno
Para os braços daqueles
Que eu deixei quando parti.

No meu lugar ficou o vazio;
Trago comigo trancada
No peito a saudade,

De tantos e tantos momentos
Que vivi no acalanto
De um pranto incontido.

Infinitos são os desejos
Que alimentam a minha alma,
E dão vida aos meus anseios;
 Transcendem a razão,

Que me faz delirar ao contemplar
Pelas tuas escotilhas
O esplendor da natureza
Que surge diante do meu olhar.

O tempo vai passando rapidamente
E, os quilômetros da ansiedade,
Aos poucos vão sendo percorridos

Tudo vai ficando para trás.
Olho pela janela embasada
Pelo orvalho da noite que lá fora cai.

Já é madrugada estou prestes
A chegar ao meu destino,
O meu voo termina aqui.





terça-feira, 16 de abril de 2019

AINDA TE CHAMO DE AMOR


Ainda te chamo de amor!
Mesmo sabendo que não estás
Mais aqui ao meu lado.

Procuro-te no quarto vazio
Sem nem uma resposta.
Por onde andarás?

Será que estás adormecida
No meio daquela constelação
Que um dia me fascinou
Com o encanto do teu brilho.

Ou, quem sabe? Partiste no alazão
Dos amantes que cavalgam
Nas madrugadas enluaradas.

Eu sempre vou te amar,
Mesmo sabendo que tudo passou
Que não mais nos pertencemos.

Que foi apenas uma ilusão
De momento, que acabou,
No relampejar de uma nova paixão;

Como um sonho cortejado
Nas Inebriantes noites de verão
Quando te encontrei pela primeira vez.