quarta-feira, 23 de setembro de 2020

QUE VENHA A PRIMAVERA (CRÔNICA)

 

É o início harmonioso do espetáculo do recomeçar, do reflorir, do renascer. A princesa das flores que a todos encanta com o seu fascínio e nos inebria com o seu perfume de menina moça, despertando para a vida, já se aproxima. A natureza está em festa, o doirado brilho do sol ilumina a passarela fashion das estações, com o seu gracioso desfile nos ornamentados salões do tempo.

        É a primavera que chega com os seus fetiches, sua magia. Faz-nos cavalgar além da imaginação, dos líricos momentos dos sonhos que nos envolve com a magnitude do seu curto reinado. É um conto de fadas que transcende os limites do que é belo. Começa a floração das suas atrizes principais, às plantas, transformando as cores das paisagens das ruas, campos, parques, no mais lindo ambiente natural que nos transmite alegria.   

        Ela despertou no dia 22 de setembro, já podemos sentir sua presença no clima, começa o tempo primaveril, com temperaturas amenas que proporcionam ainda mais um bem estar bastante agradável durante o seu ciclo   

        Botões adormecidos que desabrocham para a vida em forma de flores: Amor Perfeito simboliza o amor romântico e duradouro. Flores Azuis retratam os sonhos, utopia, mistérios e o infinito, tornou-se o símbolo da poesia romântica. Copo – de – Leite, que pela sua cor branca, significa pureza, paz, tranquilidade, bela e grandiosa que enche de alegria qualquer ambiente. Girassol designa o calor, a lealdade, entusiasmo e a vitalidade, reflete a energia positiva do sol. Gardênia, pureza, sinceridade, doçura, tornou-se o símbolo do amor secreto. Camélia, grandeza da alma, beleza perfeita e reconhecimento. Orquídeas, símbolo do amor, do desejo, e sexualidade feminina, afrodisíacas e pureza espiritual. Papoulas, falsa paixão, sonho, extravagância e fertilidade e tantas outras que adornam nossos jardins, com graça e ternura.

        Dona de um estilo próprio ela espalha pelo mundo uma atmosfera de paz, uma sensação diferente, tanto, psicológica como espiritualmente, que nos permite refletir acerca do verdadeiro sentido da nossa existência. E nos conduz pelo florescer harmonioso dos sentimentos que nos faz perdoar e retornar ao primeiro amor. Aproveitem a perfeição desse período e sejam felizes.  

domingo, 20 de setembro de 2020

A NATUREZA E SEUS AMORES

 

O cheiro do mato vem lá do sertão

E se espalha sobre a terra;

Encantando o coração

Com a magia de suas serras.

 

E aquele caboclo sonhador

Ficou extasiado com a beleza do lugar,

Era na vida um tosco lenhador

Que logo se apaixonou pela luz do luar.

 

Pelos encantos da morena que por ele passou

De olhos negros como à noite,

E por aquela beleza ele logo se apaixonou,

A brisa maranhava seus cabelos num suave açoite.

 

No ar a essência do aroma das açucenas

Perfumava toda à natureza,

No lindo florescer das juremas

Com toda à sua pompa e singeleza.

 

São tantos sonhos que nascem nos campos

Das anônimas paixões

Abençoadas por todos os santos

Envolta no manto das ilusões.

 

Melodias do cantar dos pássaros criptografadas

Que transcende a sabedoria dos tradutores

Das matas que são sagradas;

Berço dos selvagens amores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 19 de setembro de 2020

EVENTUAL ENCONTRO

 

Pelos caminhos da vida nos encontramos;

Foi de repente como um raio de luar

Olhando um para outro nos admiramos,

E ficamos ali contemplando às estrelas a brilhar.

 

E o nosso olhar por nós falou

E nos fez acreditar na pureza

Daquele sentimento que brotou

Em uma noite de rara beleza.

 

Você menina de negras tranças

Que bailava na passarela do meu tempo;

Princesa das minhas andanças

De raro perfume trazido pelo vento;

 

Que embriagou meus desejos

Naquela madrugada encantada,

Onde amor surgiu num breve lampejo

E sempre será à minha amada.

 

Você se foi quando a manhã nascia;

Era um lindo amanhecer,

O sol de inverno ainda dormia;

E, meio a neblina me pediu para lhe esquecer.

 

O que sentimos um pelo outro;

Ficou perdido naquele olhar

Que iluminou nossos rostos

E despertou em nós a vontade de amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

FLOR DE MARACUJÁ

 

 

Tu és a flor das paixões

Que encanta tantos corações;

Que foi semeada num canteiro de marfim

E brotou num lindo jardim.

 

Tua beleza é exuberante

Fonte inspiradora de canções extasiantes,

Que exala Teu perfume nas manhãs,

Trazido pela suave brisa das montanhas.

 

Teus filetes brancos representam toda à sua pureza

Realçada pela tua infinita beleza.

Luzes que refletem no verde do teu cálice

A tua esperança que se eleva ao ápice.

 

Teus estigmas representam os cravos da cruz

Que prenderam o rei jesus;

Tuas anteras retratam às chagas que nos purificaram

E os nossos pecados se redimiram.

 

Em tuas gavinhas estão personificados os açoites

Que martirizaram corpo do mestre naquela noite.

És o símbolo da coroa de espinhos para a humanidade

A fonte de remissão das nossas iniquidades.

 

Tu és formosa em tua concepção

Historicamente à natureza faz à sua oração;

No desabrochar das tuas pétalas sedosas

  A sutil revelação de que a vida é maravilhosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

POR ONDE ANDAS

 

Por onde tu andas?

Estou aqui a morrer de saudades

E tu não vens!

Adormeceste nos meus pensamentos.

 

Procuro-te no mais intrínseco do meu ser

E não consigo te encontrar;

Menina dos cabelos ondulados

Como às ondas do mar;

 

Que me acalentava nas noites de luar,

E me fazia adormecer enroscado

Na meiguice do teu corpo,

Perfumado pela essência das flores.

 

Por onde tu andas?

Onde foi que tu se escondeste!

Será que foi à suave brisa

Do nosso adeus que te levou

Para longe dos olhos meus.

 

Talvez, ainda exista alguma esperança

Na luz que brota do nosso olhar,

Que certa vez iluminou nossos rostos.

 

Que possuiu nossos corações

A revelia dos nossos sentimentos

E, se transformou no mais verdadeiro amor.

domingo, 13 de setembro de 2020

UMA LENDA

 

              Austrália um país continental, é o maior da Oceania, rodeados pelos oceanos índicos e pacíficos, é um campeão absoluto na conquista de títulos no Surf. Possui cidades lindas, dentre elas, a belíssima Gold Coast, dotada de belezas naturais fantásticas; suas belas praias, seus diversos parques, é considerada o berço do surfe australiano.

             E foi no tradicional bairro, Surfers Paradise, que nasceu o protagonista principal do nosso conto, Henry Collins, filho de um dos ícones do surf mundial, Oliver Collins, logo apaixonou-se pelos esportes náuticos. Ainda criança acompanhava o seu pai nas grandes competições internacionais. Em suas veias corria o sangue dos campões. Aos 15 anos de idade já era destaque nos torneios aquáticos que participava e já fazia parte da Divisão de Acesso (Qualification Series (QS) e ainda do Pro Juniuor Longbooard e surgia como uma iminente promessa no cenário mundial. Não demorou muito para compor a constelação dos astros do bailado sobre o mar.

           Aos 20 anos já disputava e se destacava nas competições no exterior e obtinha à sua primeira vitória no circuito mundial, o Fiji Pro, na Ilha de Fiji, localizada no pacífico sul, era o início de uma trajetória brilhante para um dos maiores sufistas da sua época. O sucesso não subiu à sua cabeça, a fama repentina que conquistou só elevou a paixão que ele tinha pelo o seu esporte favorito.

           O circuito Mundial Masculino de Surfe, WSL (Word Surf League) Championship Tour, é o mais importante torneio, e, Henry Collins, era um dos seus principais expoentes. Estava no auge da sua juventude, tinha completado 25 anos, quase todos eles dedicado ao Surf, em tom de brincadeira muitos diziam que ele nasceu velejando na bela baia de Sidney.

           Os anos iam se sucedendo, Henry, era considerado um dos três melhores do mundo, já havia conquistado o mundial, vencendo as principais etapas, Billabong Pro Teahupoo, Taiti, principal ilha da Polonésia Francesa, Ededie Word Go, um dos mais difíceis com ondas gigantescas, realizado em Waimea no Havaí e o Billabong Pipeline Masters, muito importante por se o último da temporada.

           Foi durante às competições realizadas no Havaí, que a vida de Henry tomaria um novo rumo, foi quando ele conheceu a belíssima, Umaya Bassi, uma jovem haitiana, que há muito tempo morava em Paris e que também praticava o mesmo esporte que ele, entre ambos nasceu um amor avassalador. Os dois eram vistos juntos nos principais locais dos circuitos. Badalados encontros noturnos nos ambientes mais sofisticados onde estavam sendo realizadas às competições. Formavam um par belíssimo, parecia que tinham nascido um para o outro.

           O tempo passava rápido, Henry Collins, já havia ganho 03 (três) campeonatos mundiais, mais queria encerrar sua carreira profissional aos 30 anos, era um dos mais premiado da época. Um grande destaque, um atleta completo que com à sua performance havia influenciado centenas de pessoas a praticar o Surfe, em todo o mundo. Suas proezas despertavam à atenção de todos que tinham à oportunidade de conhecer à sua história, havia criado à Association Humanitarion,Oliver Collins, of Friendes Continent African (AHFCAF) com o nome do seu genitor, para ajudar aqueles menos favorecidos nos países africanos nos setores:  alimentar, educacional e saúde. Era um trabalho social fantástico, que tinha como objetivo, chamar à atenção das autoridades mundiais para a necessidade urgente de criação de políticas públicas de combate à fome e a mortalidade infantil no continente. Através dessa iniciativa brilhante, Henry, passou a ser destaque nas principais páginas dos veículos de comunicação da época.

              Nada era mais atraente para o casal do que o mar: seu encanto; seus indecifráveis enigmas; sua magia e todo seu fascínio sobre os seres humanos. Henry, costumava à afirmar  em reuniões com os seus amigos que no dia que tivesse de partir deste mundo, gostaria de ir pelo mar, porque foi nele que viveu toda à sua infância e à sua juventude e queria adormecer eternamente nas suas águas azuis como às turmalinas e verdes como às esmeraldas, e descansar nas suas espumas brancas que bordavam às areias do marfim das praias, que tanto o acolheram e lhe proporcionaram os prazeres maravilhosos em toda à sua existência.  

             Se aproximava o final da temporada, estava em jogo para Henry Collins o triunfo que ele tanto almejava, o 4º Título mundial, talvez para ele fosse o último, estava tão obcecado pela conquista que treinava alucinadamente, quando às condições climáticas favoreciam, estava no mar, buscando cada vez mais melhora a sua condição física e técnica.

             Começou a fase de classificação, na primeira etapa, foram 36 competidores dividido em 12 baterias e o vencedor foi Henry, o que lhe rendeu a passagem direta para a segunda fase, que competia com 24 participantes divididos em 12 baterias, e mais uma vez, Collins venceu e foi classificado. Assim Henry foi vencendo, passou pela terceira, quarta e quinta fase até chegar às quartas de final, e foi o vitorioso, chegando a grande decisão onde à competição era mais ferrenha, homem a homem, no sistema de mata-mata, quem perdesse, estava fora da final. E, mais uma vez, Henry, classificou-se, era o início da realização do seu grande sonho, ganhar o seu quarto título mundial.

             A grande final seria, Billabong Pipeline, na ilha de Oahu, no Havaí, contra o americano, Kevin Chandler, nenhum dos dois era favorito, pois ambos tinham um currículo de excelência, que somente os grandes campeões são capazes de escrever. Finalmente chegou o grande dia, a meteorologia, previa chuva durante a prova, mais no momento o clima era perfeito para à competição.

             Era uma disputa acirrada onda-onda, até que numa manobra de 360º, que é dificílima Henry conquistou uma maiúscula vitória, tinha realizado o seu grande sonho. Aclamado pelos espectadores que estavam assistindo, principalmente à sua torcedora número um, Umaya Bassi, que gritava de contentamento. A orla toda estava em festa e o palco pronto para premiação.

             Em meio aos aplausos entusiastas pela comemoração, aconteceu o inesperado, que chocou a todos, em dado momento, Henry Collins, em vez de se dirigir para o local onde o público o aguardava, voltou para o mar, queria se despedir daquele que tinha  sido o seu principal companheiro em toda à sua vida. Era uma onda gigante e ele se aventurou num adeus suicida, um tubo de mais de 20 pés, o levou para sempre dos braços daqueles que tanto o amavam. Buscas foram feitas incessantemente, mas, nunca conseguiram localizar o seu corpo. O grande campeão se foi sem receber às honras da sua conquista; o tão sonhado 4º título mundial. Partiu como queria abraçado pelas ondas multicores daquela tarde.

             O troféu foi recebido, pela pessoa que ele mais amava, Umaya Bassi, que o destinou para ficar exposto, junto com os demais na Association Humanitarion, Oliver Collins, of Friendes Continent African (AHFCAF).

              Diz a lenda que na primeira semana do mês de dezembro, um jovem é visto surfando na linda praia de Gold Coast Bells Beach e Margaret River e como por encanto ao entardecer ele desaparece misteriosamente como surgiu.   

 

NOTA DO AUTOR: Esta é uma obra de pura ficção qualquer semelhança é mera coincidência.

 

Autor – José Valdomiro Silva

 

 

                        

                    

terça-feira, 8 de setembro de 2020

SOLIDÃO

 

Sinto no meu peito

Uma angústia sem fim;

Procuro identificar a razão

Mas não consigo.

 

Nada me faz feliz;

Caminho por estradas

Que não me conduzem

A lugar nenhum.

 

Estou sozinho na multidão

Busco uma saída

Mas não consigo me encontrar.

 

A insegurança toma conta de mim

E uma tristeza imensa

Invade o coração.

 

De onde venho?

Para onde vou?

Perguntas sem respostas.

 

No meu interior

Um imenso deserto

No qual eu me perdi

Sem ninguém;

Para me estender a mão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A VIDA É BREVE

 

Na vida tudo  passa!

Do ontem, o hoje, o amanhã

Um breve aceno, um adeus

De tudo fica uma recordação.

 

Parágrafos incompletos de um livro

Que não chegou a ser editado,

E não foi publicado

Pois não pode ser concluído.

 

Não deu tempo falar dos amores;

Dos  sonhos e planos

Que ficaram apenas rabiscados

No diário do destino.

 

            Quantas páginas ficaram em branco;

Histórias que se perderam no meio do caminho

Escritas por um roteirista anônimo.

 

Viver é uma aventura!

É um jogo onde se perde e ganha;

Uma esperança que morre outra que nasce,

A cada  revés uma nova ilusão.

 

Uma infância que se tornou velha;

Atalhos que já não são mais trilhados

Luzes que se apagaram e nada mais.

 

Juventude de saudades pontilhadas

Fotografias em preto e branco,

De uma paisagem outrora colorida.