quinta-feira, 26 de março de 2020

ACREDITAR EM DEUS (CRÔNICA)


      Ano, 2020, ninguém poderia imaginar que sua chegada radiante naquele primeiro de janeiro, trazendo em sua carruagem dourada esperanças de dias melhores para humanidade, duraria tão pouco tempo.
     Nossos sonhos de uma nova era naufragaram em meio às incertezas dos desencontros das informações divulgadas, ao certo ninguém tinha a menor ideia do que estava acontecendo. O que era notícia verídica ou apenas mais uma fake news. 
    Infelizmente os boatos foram se confirmando e o que era aparente notícias falsas foram se configurando como verdadeiras. No crepúsculo do Ano passado a OMS emitiu o primeiro alerta para doença em, 31 de dezembro de 2019, depois que as autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, a 7ª maior cidade da China e de nº 42 do mundo, o seu tamanho é comparável com a cidade de São Paulo que tem mais de 12 milhões de habitantes.
    O surto inicial atingiu pessoas que tiveram algum contato com um mercado de frutos do mar em Wuhan. O vírus detectado foi batizado com o nome de Covid-19 e faz parte do grupo dos coronavírus (Cov) que é uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos.
    No dia 09/01/2020, ocorreu o primeiro óbito na China e rapidamente o vírus se espalhou pelos quatros maiores Continentes, transformando-se em uma Pandemia mundial. A população do mundo está enclausurada em seus abrigos domiciliares e hospitalares tentando se proteger de uma possível transmissão virótica.
     Estamos lutando contra um inimigo desconhecido e covarde que conhece às nossas fragilidades, que não avisa quando e onde vai atacar. Precisamos nesse momento estarmos unidos e obedecer às determinações dos governos através das suas respectivas unidades de saúde. Deveremos ficar em quarentena em casa, medida essa de fundamental importância para evitarmos a propagação do vírus. Não sabemos quando tudo isso vai acabar, e, portanto, é preciso que estejamos conscientes dos danos que já estão evidenciados nos setores: econômico; saúde; educacional; industrial; social e o consequente aumento no índice de desemprego. Sei que não é fácil nesses tempos de incerteza termos calma e o equilíbrio, inclusive mental, necessário para enfrentarmos os desafios que a cada minuto surgem em nossos caminhos. Hoje, mais do que nunca se faz necessário que estejamos juntos comungando do mesmo pensamento, pois estamos num combate árduo para preservar às nossas vidas. É preciso que nesse momento fiquem num segundo plano os nossos posicionamentos políticos, partidários e ideológicos, devemos focar em um único objetivo “salvar vidas”.
      Chegou a hora de exercitarmos a nossa fé, independente de crença religiosa. Vamos todos orarmos; rezarmos; fazer nossas preces ao nosso Deus para que ele derrame sobre a humanidade toda à sua benevolência e misericórdia, nos dando a devida sabedoria para trilharmos a conquista da vitória sobre esse mal que nos aflige. Que à saúde e paz voltem a reinar no mundo.

     

                                                                                                                                           

   
                       




    
                

sexta-feira, 20 de março de 2020

QUANTO TEMPO


Quanto tempo ainda tenho
Para te encontrar!
Nem lembro mais do teu rosto
Da cor dos teus olhos.

Se teus cabelos eram louros ou castanhos;
Se tua pele era lírio ou jambo.
Vagamente recordo da beleza
Do teu iluminado sorriso.

Teu semblante de Diva
Ainda paira no meu olhar
No abstrato do meu inconsciente
Como antigamente.

Quanto tempo ainda terei
Para tirar tua imagem da minha retina;
Apagar o teu nome da memória.

No paradoxo do meu pensamento
Tu ainda existe,
Resta-me uma única certeza;
Eu verdadeiramente te amei.

Tu foste um sopro de amor
Que pela minha vida passou;
Que me extasiou com o teu encanto
De uma joia de falso valor.

quinta-feira, 19 de março de 2020

TEMPO PASSADO


Efêmera infância que não vivi!
Passou como um raio
Iluminando o negrume da noite,
Despertando às serras distantes.

Amor primeiro que senti!
Perfumado pelas flores da primavera;
Vento forte como um açoite
Que na minha vida passou rasante;

E com ele se foi à juventude.
Saudade das madrugadas de luar
Do perfume da mulher amada;
Das coisas simples que não morrem;

Do viver em toda à sua plenitude.
Lembranças da beleza do mar
Que me levaram a sonhar,
No delírio inconsciente do desconhecido
Das minhas imagens virtuais.

Adormeço no silêncio das recordações
Que ficaram comigo;
De um tempo que foi parceiro
Das minhas venturas boêmias,

Cúmplice dos amores anônimos;
Confidente dos meus queixumes.
Maquiador dos meus sentimentos.

Ah, tempo! Tempo você passou,
Como um torvelinho de linha;
Aos poucos foi me levando para longe
Dos meus sonhos.







terça-feira, 17 de março de 2020

NOSSOS CAPRICHOS


Como eu vou dizer que não te amei!
Se ainda não te esqueci;
Se ainda vives na minha lembrança
Nas fotografias do meu pensamento.

Se quando adormeço te encontro
Divagando pelos os meus sonhos,
Envolta em uma neblina de pétalas
Que desaparecem ao amanhecer.

Como vou dizer que já virei à página
Das nossas vidas!
Se o último parágrafo da nossa história
Ainda não escrevi.

Se seus passos ainda estão marcados
Nos meus caminhos,
E o teu perfume não saiu
Dos meus lençóis.

Mas, eu preciso te dizer adeus
Deixar-te partir.
Esquecer que vivemos um lindo sonho
Que o nosso tempo já passou;

Nos deixando pra ser lembrado
Apenas, fragmentos de um amor,
Que virou refém dos nossos caprichos.