quinta-feira, 2 de maio de 2013

ABANDONADO



Semblante cansado
No rosto aflito,
O retrato da desilusão.
Lembranças do passado.
Olhar perdido no infinito.
Corpo marcado pela isolação.
Passos trôpegos
Sem destino.
Árdua caminhada
Que lhe roubava o fôlego;
Flutuando como um bailarino
No palco das madrugadas.
Quantos sonhos perdidos
Que ficaram pra trás.
Renegado pela vida
No tempo esquecido.
Recordação fugaz
Que não pôde ser contida.
Da alegria que não conheceu,
Dos momentos felizes
Que nunca existiram.
De um tempo que não viveu.
Marcas das cicatrizes
Que nunca sumiram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário