Meu olhar contempla
a suave neblina
Véu de noiva que
embeleza os montes
Com a sua branca
cortina
Inspiração dos
corações amantes.
Ou, sô moço! Eu sou
desse tempo;
Das magias das
lindas paisagens;
Dos campos diante
de mim florescendo;
Adornando a
natureza com as suas folhagens.
Dos lampiões de gás
alumiando
As toscas calçadas,
berço das minhas boemias,
Que adormeciam
quando o dia vinha raiando
Assim, fui passando
pela vida e suas dicotomias,
Flutuo pelo mundo das
fadas
Perfeito disfarce
das minhas ilusões;
Trago comigo às lembranças das mulheres amadas,
Sinto meu rosto banhado pelas lágrimas das
recordações.
Pois é seu moço! Eu sou de um tempo;
Dos sentimentos verdadeiros e arrebatadores
De um perfume de flor trazido pelo vento
Essência divina dos saudosos amores.
Ah, moço! Quem me dera virá a página do presente,
E outra vez, caminhar descalço pelas desertas ruas
De um passado tão ausente
Que outrora guiou os meus passos com suas luas.
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