Quando anoiteceu fechei meus olhos
Adormeci na relva do tempo
E vasculhei o meu mundo
Revivi cada instante da minha vida.
Então me
reencontrei com as minhas imagens
Flutuando pela beira
mar de uma praia deserta,
Parecia feliz
contemplando a pureza daquele mar
Suas mansas ondas
desfaziam minhas pegadas
Com as suas brancas
espumas como antigamente.
Enxuguei o pranto que
marejava no meu olhar
Ao contemplar o esplendor do por do sol
Senti o frescor
daquela brisa desaliando meus cabelos.
Era o descortinar
dos sonhos do passado
Dando passagem a
realidade do presente,
Vivi tudo outra vez,
como se não existisse o amanhã,
Vi os momentos felizes que estavam adormecidos
Despertarem para o
invisível mundo das lembranças;
Senti o mavioso cantar dos pássaros
Anunciando o nascer
de um novo amanhecer,
E do meu coração brotaram
as flores da saudade;
Dos amores que
nasceram sob os raios do luar
E se foram quando a
aurora desfez o encanto
Das luzes, das
fantasias, dos romances proibidos.
Aos poucos fui
percebendo que era apenas um sonho,
As lágrimas rolavam
pelo meu rosto
E, eu chorei por
tudo que passou e não vivi.
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