segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESCOLHA


Escolhi a Beleza das manhãs
Para te dizer que o nosso amor
Tem a pureza de uma flor
Desabrochando pra vida
A inocência do primeiro olhar
A grandeza do sol nascendo
Escolhi o crepúsculo da tarde
Para te dizer que o nosso amor
É como o vôo das gaivotas
Bailando no ar
Transmitindo a paz
A cada entardecer
Escolhi o esplendor da noite
Para te dizer que o nosso amor
Tem o fascínio de sua magia
O ilusionismo das paixões
A liberdade de viver um sonho
Escolhi a nostalgia da madrugada
Para te dizer que o nosso amor
Não tem mais o brilho das estrelas
Que tantas vezes nos iluminou
Foi uma utopia que não suportou
A brisa do ciúme
E nos deixou para sempre

sábado, 16 de julho de 2011

O AMOR É ASSIM


Tantas idas e voltas
Tantos perdões e desculpas
Tantos desejos reprimidos
Por caprichos e nada mais
Tantos momentos lindos
Que se tornaram tristes
Quantas palavras ditas
Simplesmente por dizer
Quantas atitudes impensadas
Que destruíram vidas
Quantas lágrimas derramadas
Num instante de dor
Numa alusão à alegria
Viver é um ato contínuo
Que bruscamente
Pode ser interrompido
O amor é assim
Atraente quando o descobrimos
Envolvente quando o conhecemos
Ardente quando o sentimos
Evidente quando o vivenciamos
Angustiante quando o perdemos
O amor quando parte
Deixa-nos reminiscência
De belos momentos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

LEMBRAR


Amo a brisa
Que vem de longe
Seu aroma
Me faz lembrar
Um tempo que pensei
Que havia esquecido
Do verde da minha terra
De um sol preguiçoso
Que me despertava
A cada amanhecer
Da avidez ao desafiar
O desconhecido
Da paz de cada entardecer
Que me fascinava
Ao contemplar
A beleza
Do saltitar das estrelas
Pontilhando
Com o seu bordado cintilante
O céu azul
Das lindas noites de verão
Amo a brisa
Que vem de longe
Ela me faz recordar
Que eu fui feliz
E não sabia

terça-feira, 12 de julho de 2011

NÃO VALE A PENA


De que vale a pena lembrar
O que passou
Não podemos, mas viver
O que se foi
O perfume do ar
Já não é o mesmo
A neblina que nos envolveu
Está mais densa
Nos tornamos mais insensíveis
Somos produto de um meio
Onde os valores estão invertidos
Cada vez, mas choramos menos
Somos máquinas humanas
Que a qualquer instante
Pode parar para sempre
De que vale a pena lembrar
O que não conseguimos realizar
Fomos egoístas
Para nos doar
Fomos Insensatos
Para perdoar
Fomos incapazes
Para amar


INESQUECÍVEL


Lembranças que o tempo
Não apaga, pois são eternas
Da criança de ontem
Que permanece viva
Dentro de mim
Do semblante ansioso
Ao descobrir o desconhecido
Das coisas proibidas
Que eu não podia fazer
Da primeira ação
Em busca da liberdade
De um olhar perdido
Que cruzou com o meu
E desapareceu
Em meio à multidão
Da primeira lágrima
Que não pude controlar
No momento da despedida
De um sonho não realizado
Das belas melodias
Que embalavam meus devaneios
Da felicidade que pensei ser abstrata
Dos momentos lindos que vivi
Sem saber que eram passageiros