segunda-feira, 8 de julho de 2013

APELO



Tempo cinzento!
Que derrama
Suas lágrimas
Molhando a terra.
Gotas de cristais
Que brotam dos olhos
Da natureza carente,
Que clama por consciência.
O ardente fogo!
Que queima a vida
Do planeta.
Centelhas vermelhas
Que contrasta
Com o verde das matas.
Fagulhas inflamadas!
Que exterminam a espécie,
Que silenciou o canto
Das cachoeiras.
Um grito aflito eclode
No universo perdido,
Aos poucos tudo se vai.
A voz dos pássaros
Emudeceu o eco do clamor
E, o sol perdeu o seu brilho.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

ACORDAR



Abro os olhos
E vejo,
Que o dia já nasceu.
Pela fresta
Da janela
Do meu quarto,
Um raio perdido
De sol,
Me trás de volta
A realidade.
A lua cansada,
Disse adeus à boemia,
 E se recolheu.
As lantejoulas perderam
Seu brilho.
O burburinho cessou,
Acordando o silêncio.
A melodia que embalava
Os corações apaixonados,
Já não mais se escuta.
Tudo foi um sonho
Que parecia ser real,
Que se dissipou,
Com a partida da madrugada.

EVOLUÇÃO



Amanhã vou viver
Um novo dia!
Não conheço
 A sua fisionomia
Não sei se sua cor
É de ouro ou de prata.
Amanhã vou viver
Tudo outra vez!
Conhecer seus paradigmas
O contraditório
Da minha evolução.
A vertiginosa corrida
Contra o tempo.
Amanhã não sei
Se vou está presente!
Quando o mundo girar
Nem qual será a sua era
E a sua cara.
Mas se Deus me permite
Lá estarei
Voando livre
Sobre as nuvens.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

FLORES E FLORES



Flores que desabrocham
Ao amanhecer!
Adornando às colinas
E os canteiros da vida.
Flores de tantas cores
E perfumes diferentes!
Que purificam a brisa
Que vem dos mares.
Flores que brotam
Ao entardecer!
Puras e suaves
Cheias de encanto.
Flores místicas
Cultivadas no jardim secreto
Do coração!
Que se vestem
Com a plumagem
Da despedida.
Flores que adormecem
Ao anoitecer!
No recluso de suas pétalas
Umedecidas pelo aroma do orvalho
Da madrugada.
Flores dos amores!
Da magia artificial
Que reluz no brilho das lantejoulas.

EXISTÊNCIA



O passado é a referência
Da nossa história!
Nele estará gravado
A edição de nossas vidas,
Não podemos renegá-lo.
Existirá sempre
O paradoxo entre o lúdico
E o real curso
Da nossa existência,
Mas é no presente
Que deveremos fundamentar
O planejamento do nosso futuro.
Nossas ações serão sempre,
Norteadas pela sabedoria
Das nossas escolhas.
O abstrato do amanhã
É um encontro marcado
De parágrafos definidos,
Sem a nossa participação.
Nossa permanência
Neste plano é passageira
De dinâmicas imprevisíveis;
Onde o tempo final
Já está previsto.