Meu olhar
contempla o infinito;
Ouço o
teu solitário grito
Vindo de
um mundo bem distante;
Procuro no
firmamento a estrela mais brilhante
Encontro-te
no céu a cintilar
E uma
lágrima pelo meu rosto se vai a rolar.
Sinto que
o teu perfume o ar suaviza
E na
distância se eterniza,
Como as
nuvens de algodão,
Que levaram
para sempre o teu coração
E que me
fascina nas noites de luar.
Comigo ficou
somente a imagem da felicidade
Gravada no
arquivo miríade da saudade
Que para
sempre irei cultuar.
Eu queria ser um anjo para te
procurar
E na imensidão do universo te encontrar;
Sentir outra vez o desejo de
acariciar o teu rosto
E me perder nas sinuosas curvas
do teu corpo.
Relembrar o que já não pode mais
ser vivido
Pois ficou na distância perdido.
Talvez, tenha sido como as
chuvas de verão
Que se precipitam do alto e cedo
se vão,
Nas conrrentezas de um lindo
amanhecer
Salpicadas pelas pétalas de um
novo florescer
Que me seduziu quando te conheci.
A tua ausência desperta o meu
desejo
Sinto a falta do teu beijo
Do teu amor que nunca esqueci.
As luzes do amanhecer têm um
brilho diferente
Nos seus reflexos encontramos o acordar
da vida
Radiante despontando no nascente
Inicio de mais uma história a
ser vivida.
No apogeu de um novo tempo
Aos poucos tudo vai despertando;
O aroma do recomeço vem no vento
No revoar dos pássaros cantando.
Na magia poética das paisagens
A natureza radiante começa
florir;
Os regatos cristalinos se vão afluir.
E o mundo começa a girar às suas
imagens
No eixo do universo adormecido
Grandioso e desconhecido.
De repente em uma esquina
qualquer
Visualizei aquela linda
mulher
Seu olhar se deparou com
o meu
E um sentimento diferente
aconteceu.
Perdi-me no tempo e nunca
mais a encotrei;
Sonho acordado que ainda lhe
acharei,
Ela permanece viva na minha
mente.
Quiça, eu a reencontre de
repente
Em uma dessas esquinas da
vida
Por entre as flores adormecida
Que o meu sonho embala
Na nostalgia de uma
madrugada.
Ela passou como o
anonimato da brisa
Que no poente nos fascina,
E deixa o seu aroma
expraiado no ar
E no coração aprisionado
o desejo de amar.
Vivi um místico
encantamento,
Guardei o seu rosto no
meu pensamento
Talvez, tenha sido apenas
uma personificação
Tudo foi apenas um
momento de ilusão.
Já não sei se sua imagem
foi real
Ou, se foi um reflexo de
uma linda estrela virtual,
Que fugiu da sua
constelação e por aqui passou
E se foi quando à noite
chegou.
A vida é assim, seus caminhos são pontilhados pelas surpresas que se contrapõem aos dogmas filosóficos. No paradoxo das nossas caminhadas às vezes nos deparamos com as encruzilhadas das suas estradas que nem sempre nos conduzem ao destino que planejamos. Ela é silenciosa e nunca nos revela os seus segredos, é uma incógnita, impossível de conhecer os seus resultados, pois as suas variáveis são parâmetros que estão além da capacidade da mente humana. Tudo é criptografado no incógnito livro do nosso destino. A cada dia uma nova página é escrita; a cada virgula um novo parágrafo; a cada ponto um novo capítulo é redigido.
Sabe aquele tempo que vivi e que jamais esquecerei? Foi maravilhoso e permanece
até hoje na minha memória. A magia das ruas ainda rústicas, pintavam a
natureza, com o seu design encantado que me extasiava com suas formas
geométricas. Caminhei pelas estradas carroçáveis dos verdes campos da juventude,
fascinado pelas paisagens de uma época áurea. Fui artífice e ator das peças
encenadas pelos palcos por onde passei. As máscaras que usei deixe-as nos
jardins das flores que cultivei e desabrocharam nos canteiros de uma imensa
saudade.
Eu queria despertar das relíquias do passado,
os momentos lindos que vivi, corrigir os meus erros e dá vida as minhas
fantasias, poder despertar o silêncio dos segredos que me foram proibidos revelar.
Eu queria transformar em realidade os meus sonhos que na minha inocência deixei
morrerem sem ao menos tentar vivê-los. Sentir na minha boca a doçura daqueles
lábios anônimos que me encantaram e me levaram a descobrir pela primeira vez uma
estranha sensação e que depois vim a descobrir que era amor. Sinto o frescor da
brisa dos finais das tardes de verão tocando o meu rosto como antigamente umedecendo
o meu corpo com o orvalho de um crepúsculo mágico que foi cenário das minhas
paixões proibidas.
Sempre lembrarei das belezas que jamais conseguirei
apagar da minha mente fui e sempre serei um viajante de outras épocas cavalgando
pelos vales; pelas planícies, bailando pelas ondas feiticeiras de um mar que
purificou meu corpo e elevou à minha alma para além das estrelas onde moram as
musas encantadas dos versos e rimas das minhas poesias, que flutuam pelo
infinito mundo das minhas recordações.
Ah, como queria correr atrás das minhas translúcidas
ilusões e torná-las realidade dentro dos meus pensamentos. Eu queria viajar
pelas minhas miragens e poder torná-las reais, mas tudo é impossível, não se
pode trazer de volta o que o tempo transformou em cinzas, me despeço dos meus
devaneios e me encontro com o misticismo do meu presente que dentro em pouco
será mais uma lembrança adormecida no meu passado.
Sinto o aroma das minhas flores;
Lindas e fascinantes que me levam a sonhar
Com os tempos encantadores
Que me ensinaram a amar.
Deslumbro-me com a magia do sol nascendo
Seus raios dourados nas matas refletindo
A beleza da vida florescendo
E o explendor da tarde partindo.
Vejo as rosas desabrochando pelos caminhos;
O aroma de suas petálas desperta a felicidade
Que adormeceu no berço da saudade.
E a solidão marca o meu rosto com seus espinhos,
Já é madrugada, adormeço com o brilho das estrelas
E outra vez me encontro com as minhas flores belas.
Por onde passo vejo teu sorriso
Sinto a tua presença no perfume da
brisa
E me encontro nos jardins do paraiso
Tu és deusa e sacerdotisa,
Que com o teu olhar me encanta
E me seduz com o teu corpo,
Que me fascina com a tua imagem de
santa
Que resplandece no teu lindo rosto.
Te encontro no sibilo das sereias do
mar
E me vejo adormecido nos teus braços
Que em mim despertou o desejo de te
amar.
Te procuro pelos atalhos do meus
sentimentos,
Sinto o calor dos teus abraços
E te encontro adormecida nos meus
pensamentos.
Imagens
que de repente aparecem
Que
trazem de volta os cenários de antigamente
Paixões
que valsaram pelos tablados da vida.
Anônimos
dançarinos que se amaram num relance
Fortuito
dos amores impossíveis
Que se
encontraram sob os raios do luar,
Mestre
de cerimônia dos encontros proibidos.
São
como às nuvens de algodão
Que a
brisa do adeus leva para distante
Do
silêncio de um saudoso olhar
Que se
dissipou com o encanto da madrugada.
Tudo
se foi quando a rua ficou deserta
Talvez,
tenha sido apenas um devaneio de momento
Como o
ilusionismo do recomeço
De um
antigo amor que partiu.
De
longe vem os acordes de uma canção
Que
marcou uma época Lírica
De
sonhos, nada mais que sonhos.
As
gueixas da noite já se foram
Deixando
uma fragrância de rosas no ambiente,
E tudo
se perde na poeira do tempo
As
luzes da saudade se acenderam
Como
uma chama viva que aqueceu
Um coração
que amou demais
E
ficou solitário perdido no mundo dos amantes.
A manhã já passou com os seus cachos dourados
E eu aqui lhe procurando por entre os retalhos
Que restaram de um amor que foi lindo enquanto durou
Que nos fez acreditar que era verdadeiro;
Que inspirou os versos e rimas
De uma poesia escrita no jardim dos sonhos
Perdidos por entre às flores dos desejos.
A tarde também já se foi deixando na sua melancolia
O brilho do seu olhar cintilando no horizonte,
Então relembro o seu belo sorriso,
Que certa vez me encantou com a sua ternura.
As vezes sinto os seus lábios tocando os meus;
Seu perfume me faz delirar
E me deixo ser levado pelas lembranças
De um frágil sentimento.
Chega à noite com a sua magia
Que enfeitiçou o meu coração
E me fez acreditar que você era minha
Mas tudo era apenas uma paixão passageira,
Que me conquistou com as suas fantasias
Inebriando-me pelos bares da vida,
Estrelas brilhantes que me fascinaram
No palco iluminado do firmamento.
A madrugada me acolhe em seus braços
E me purifica com o seu divino orvalho,
Lágrimas de uma infinita saudade
Que banha o meu rosto no momento da despedida.
Só então percebo que você já partiu;
Se foi no resplandecer dos olhos do luar,
Tudo foi apenas uma ilusão que se perdeu no tempo
Você já não mais me pertencia.
As
luzes do meu pensamento
Acende-se
iluminando os rastros
Das
minhas recordações,
Então
vagueio pelas esquinas do tempo,
E me
reencontro com as fronteiras
Que
marcaram os meus limites;
Minhas
idas e voltas pelos atalhos da vida
Então
revivo tudo outra vez.
Sinto
o perfume das minhas trilhas floridas;
Vejo
suas pétalas bailando na maviosa brisa
Que
vem na magia das lembranças
Dos
acordes das canções
Que
embalavam meus sonhos nas madrugadas.
Relembro
aquele olhar que me encantou
E me
levou ao delírio de um grande amor
Que
fez morada no meu coração.
Navego pelo oceano das minhas emoções
Fecho
os olhos e imagino como tudo foi lindo
E um
incontido desejo toma conta de mim,
Como
queria retornar no tempo.
Percorrer
seus utópicos caminhos
Banhar-me
na fonte da juventude
E
poder viver tudo outra vez.
A vida é uma transitória viagem
Seus caminhos são sinuosos
Talvez, seja apenas uma passagem,
Que quando termina nos deixa saudosos.
A arte de viver é mutável e mágica
Como as flores que desabrocham na primavera,
Ornando uma bela paisagem fotográfica
Matizando a natureza com à sua beleza efêmera.
Sonhos e realidade se encontram
Na passarela do destino,
Roteiro criado por um escritor divino.
As vezes o percurso que percorremos
É o oposto ao que queremos;
A vda é assim, flui como um regato cristalino.
No seu olhar encontrei a paz que tanto procurava!
Por acaso nos encontramos em meio a
multidão
Você passou junto com a brisa que soprava
Cantarolando uma linda canção.
E eu logo me apaixonei pelo seu belo corpo,
Sereia de um mar encantado,
Que me enfeitiçou com à ternura do
seu rosto
E fez morada no meu coração
abandonado.
Musa que fez parte da minha vida
Que me fez sonhar um sonho lindo
E abrigou um amor infindo.
E que se foi com tempo sem despedida;
Deixando em seu lugar como lembrança
Um olhar florido de esperança.
Sou um amigo do silencio,
Companheiro invisível dos meus passos
Em todos os meus momentos
Compartilho meus segredos.
Derramo minhas lágrimas em seu peito
Vou chorando pelos caminhos
A dor de uma eterna saudade
Que guardo dos tempos de outrora.
Do sabor dos beijos que hoje sinto na ausência,
Dos amores que deixaram suas essências
Na fronha do meu travesseiro solitário
Que me conforta nas madrugadas de insônia.
No delírio de um presente que já é passado;
Uma maviosa brisa traz os acordes
De uma linda canção que me faz relembrar
As minhas aventuras de antigamente.
Então percebo que estou vivendo um sonho;
Na miragem do meu pensamento
Vejo-me cavalgando no alazão das lembranças
Pela espumas brancas de uma praia deserta.
Meu olhar se perde no infinito
Das ondas que se quebram mar afora
Levando o meu coração num barquinho de papel.
Um
beijo e nada mais e tudo terminou
Nosso
frágil amor o tempo levou
Talvez,
para além dos vales verdes
Onde
repousa a melancolia das tardes.
Lindas
são as lágrimas do amanhecer
São
como botão de flor ao florescer
Que me
encanta com a sua pureza
E me
fascina com a sua beleza.
E me
faz recordar aquele amado rosto
Que me
conquistou com seu sedutor corpo;
E
marcou para sempre à minha vida.
Preciso
aprender a lhe esquecer
Poder outra
vez voltar a viver
Aquela
felicidade que nunca será esquecida.
Perdido no meu
mundo
Vou revivendo os
meus sonhos
Minhas fantasias
vão renascendo
E me reencontro com as minhas aventuras.
No avesso do tempo
vou vivendo,
Vejo o meu rosto de
menino
Refletido nas águas
mansas
Daquele regato
cristalino;
Que banhou o meu
corpo nas manhãs
Ensolaradas da
minha infância.
Recordar é marcar
um encontro
Com as emoções que foram
vividas.
Lindos momentos que
não se esquece,
Apenas ficam
adormecidos entre as flores e espinhos,
E de repente me fazem
refém das lembranças
Das noites mágicas
que me enfeitiçaram.
Contemplo as marcas
que deixei
Reluzindo como
pedrinhas de brilhantes
Esculpidas no calendário
da vida.
Então me bate uma
saudade infinita
Trazida pela
maviosa brisa
De um final de
tarde junto ao mar;
Vendo as ondas
embalar minhas esperanças.
O cais da vida está vazio
Corações que se encontraram
E se desentrelaçaram no frio
Dos sentimentos que não floraram.
Que foram levados pela poeira do tempo
Numa tarde de neblina de inverno,
Na ternura do último momento
De um amor que parecia ser eterno.
Que outrora foi estrela dos desejos;
Das paixões proibidas
De uma felicidade que foi apenas
lampejos.
Que foi linda demais de viver
Como as flores que são cálidas
Impossível de se esquecer.
