MAQUIAGEM DOS DISFARCES

 

 

Quando contemplamos o espelho

Do tempo descobrimos

Que já não somos os mesmos de antigamente

Que tudo passou tão rápido.

 

E que a vida é apenas uma viagem

Tão curta que não percebemos

Quando ela chega ao fim.

 

A maquiagem dos disfarces

Se desfaz como ilusão da juventude

Imagens destorcidas de um belo rosto

Aos poucos vão revelando a realidade

Que outrora foi um sonho lindo de viver.

 

Deixou em nossas faces os vincos;

As rugas que sinalizam a sua passagem.

A magia da transformação se realiza

E desencanta os nossos sonhos.

 

E uma lágrima chamada saudade

brota de um olhar que outrora

Foi brilhante como um raio de luar

Fonte de inspirações das maviosas poesias.

 

Então o vento entoa a suave canção da despedida

Que se propaga pela madrugada

Coreografada pelo balé  das estrelas cadentes.

OUTRAS DIREÇÕES

 

De tantas idas e voltas

Perdi-me nos caminhos da vida;

Nos seus retornos proibidos

Segui em outras direções.

 

Percorri o avesso dos meus sentimentos

Encontrei a dor da perda

Expermentei o gosto amargo da renúncia

De um prematuro adeus.

 

As flores que adornavam o jardim

Do meu coração murcharam

E suas pétalas se metamorfosearam

No aroma de uma infinita saudade.

 

Que foi à minha eterna companheira

Pelos bares das noites lindas;

De um luar boêmio que iluminava

As lágrimas que molhavam o meu rosto,

 

Quando a ausência se fazia presente

Nas minhas madrugadas de insônia;

No silêncio do meu pensamento;

Contemplava àquela estrela solitária.

 

Aos poucos o palco vai ficando vazio

A cortina do tempo vai se fechando

E os meus sonhos adormecem

No camarim da minha imaginação.

 

 

REGATOS FLÓRIDOS

 

 

Por acaso os caminhos da vida se cruzam

E as vezes os inesperados encontros

São para sempre e se eternizam

Como as peças encenadas nos teatros.

 

O viver é como a linha imaginaria do horizonte,

É navegar por um oceano desconhecido

E se banhar nas águas cristalinas de uma fonte

Que deságua nos regatos flóridos.

 

É o eterno sonhar com as belezas do futuro

Ver as rosas desabrochando ao amanhecer

Poder respirar o seu ar puro

Apreciar o brilho do sol ao nascer.

 

As luzes do tempo se acedem

E inesperadamente se apagam;

Sentimentos que transcendem

Aos sonhos que não se realizaram.

 

Sublime é o momento do amor

Quando aporta num coração

Carente que perdeu o seu fulgor

Num jardim repleto de ilusão.

 

Amar é uma dádiva divina

Tem uma especial essência,

Que resplandece e o espírito ilumina

No transcorrer magnífico da existência.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CICATRIZES

 

 

No rosto as cicatrizes das ilusões

Que o tempo não apagou;

Das fantasias e suas seduções

Que no passado brilhou.

 

Um olhar perdido no vazio

De uma paisagem sem cores.

De um anônimo ébrio

Que recorda os seus amores,

 

Que passeiam pela às suas lembranças

Como as nuvens de algodão

Nas manhãs de louras tranças

Cantarolando uma linda canção.

 

 E pelo rosto escorre uma lágrima

Que não deu para ser contida

Ao recordar uma época que foi dourada

E jamais poderá ser esquecida.

 

Pois faz parte dos momentos lindos

Que a vida lhe presenteou,

Que foram intensamente vividos

Quando a paixão o seu caminho floreou

 

Com a flor mais linda de uma primavera

Que tinha o aroma da felicidade;

Que foi musa durante uma era

E depois se tornou saudade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SONHOS E FANTASIAS

 

Os amores que passaram pelas nossas vidas

São como as flores das primaveras

Que quando brotam são lindas

E quando murcham se tornam quimeras.

 

E o amor foi apenas uma ilusão;

O avesso dos puros sentimentos

Que deixaram cicatrizes no coração,

Apenas promessas e falsos juramentos.

 

Um sonho lindo que virou fantasias

Nas noites mágicas de luar;

contumaz desejos que outrora foram manias

Pelo sedutor prazer de amar.

 

Às vezes não se percebe as luzes da felicidade

E quando menos se espera elas se apagam;

Deixando apenas os reflexos da saudade

Que pelo tempo divagam.

 

O amor é assim maravilhoso ao nascer

Tem na face uma meiguice inocente

E quando parte nos faz sofrer

E já não é mais resplandecente,

 

 E se desfaz a mágica do seu encanto;

Da beleza de um sorriso lindo

Que deu lugar a um recorrente pranto

E o brilho dos olhares vai sumindo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A MENINA DA PRAIA

 

As luzes da tarde se acendem

Quando a menina loira da manhã

Se despede do tempo que vai passando

E deixa a cena principal do palco.

 

De tudo ficou um pouco, amores

Que nasceram outros que se foram,

Belezas ocultas na sombra de um olhar

Que o seu rosto iluminou.

 

Seus passos vão seguindo

Contemplando a beleza do mar,

Acariciada pelas espumas brancas

Que purificam o seu corpo.

 

Seu pensamento acorda na distância;

Retalhos de uma vida que passou

Que antigamente foi colorida

E que não deixou nada para ser lembrada.

 

Quando o sol começa a declinar

Vai surgindo no horizonte

 A nostalgia de uma precoce despedida,

Uma luz que no infinito se apaga.

 

E a menina da praia segue o seu caminho

Disfarçando o seu pranto com o orvalho da noite

E se encanta no firmamento.

LUZES DO AMANHÃ

 

O tempo passa levando as recordações

Que outrora foram lindos momentos

Bilhete molhado pela lágrimas das emoções

De anônimos sentimentos,

 

Que não poderiam ser revelados;

Dos sonhos e desejos proibidos

Que sempre serão lembrados

E jamais poderão ser esquecidos.

 

Marcas que ficaram no coração

E não podem mais serem removidas;

Perfume que deixou numa paixão

As essências dos amantes preferidas.

 

Botão que desabrochou na mais linda flor

No formoso jardim da vida;

Nos canteiros cultivado pelo amor

De uma bela história vivida,

 

E que ficará registrada num diário,

Escrito nas insônias das frias madrugadas

Ladeadas pelo lindo cenário

Das noites estreladas.

´

As luzes do amanhã sempre iluminarão

Os novos caminhos para o recomeço

Não se deixe levar pela desilusão

De um inevitável tropeço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NAVEGAR

  

Meu coração é como as velas de um barco

Que navega pelas marolas de um mar

Que inspira minhas poesias;

Escritas na magia das areias

 

 De suas praias nativas que me acolheram

Que banharam os amores

Que pela minha vida passaram

E me acalentaram no balanço das suas ondas,

 

Que me seduz e me leva pelo sopro

Da sua brisa feiticeira;

Do magnetismo do seu desconhecido

Onde repousam os meus segredos.

 

Meu coração é iluminado pelas estrelas

Que me guiam pelos caminhos incógnitos

E energizam o meu ser;

Quando a luz do meu olhar deixa de brilhar.

 

Assim vou navegando pelas correntezas

Incertas da vida sem destino,

Talvez, aportarei no mesmo cais

Onde certa vez desembarquei,

 

Com o meu coração transbordando

De sonhos e emoções

Numa linda noite de luar.

AMAREI

 

Eu sempre amarei

As minhas eternas recordações

Jamais esquerei

Aquelas lindas canções.

 

Em cada acorde relembrarei

Uma fase da minha vida,

Que nas noites estreladas sonhei

E que não pode mais ser vivida.

 

Meu olhar se perde na distância

Das estradas que trilhei,

Então, sinto saudades da infância,

Do seu cheiro de flor que sempre amei.

 

Dos meus cabelos de tranças;

De um tempo que já me pertenceu

E hoje, faz parte das minhas lembranças

Que no meu mundo floresceu.

 

Adormeço contemplando a madrugada;

Seu devaneio sua fantasia,

Sinto o afago da sua brisa perfumada

Acariciando meu rosto e me extasia.

 

E, assim seguirei meu caminho

Pois sei que nada mudará

Sempre estarei sozinho

Quando o amanhã chegar.

 

 

 

O MENDIGO (CONTO)

 

     Os caminhos da vida apresentam surpresas que não sabemos o porquê ou para que nos desviamos dos seus trajetos retilíneos e passamos a percorrer os seus atalhos. Assumimos posturas que são um verdadeiro paradoxo com os padrões comportamentais que norteia a nossa conduta. O poder da mente humana está diretamente relacionado com os pensamentos, sentimentos e as emoções que atuam em nossos consciente e subconsciente.

      Paris além de ser a capital dos franceses é conhecida como a cidade das luzes, e a mais romântica do mundo, pois foi uma das primeiras metrópoles europeias a usar a iluminação pública a gás em seus bulevares e monumentos, é mais populosa da França com população estimada no ano de 2020, em 2 148 271 habitantes, é uma das cidades históricas mais importante do mundo. Paris dos seus belos parques e jardins; da magia do Rio Sena; dos seus tradicionais cafés.

      É nesse cenário histórico que a nossa narrativa acontece, impactante cheia de mistérios e aventuras que se desenrolam no mundo ficcional, mas assemelhada a realidade de uma região cheia de conflitos ideológico e fundamentalista.

     O acordo de paz de Paris de 27 de janeiro de 1973, tinha como pretensão acabar com a longa guerra do Vietnã. Vários países participavam da conferência, no entanto, um requeria maior atenção e preocupação, a delegação dos Emirados Árabes Unidos, fato este justificado pela constante tenção no Oriente Médio. Mas, mesmo com toda a segurança adotada pelos franceses e seguranças particulares das nações participantes, evitou que os atos terroristas fossem deflagrados. Como já se temia um grupo de extremistas, provavelmente israelenses, atentou contra a delegação Árabe, sequestrando alguns dos seus membros, dentre os quais estava o Sheik, Zayn Abdallah, o principal líder muçulmano a sucessão do trono saudita.

    Imediatamente todas às saídas foram fechadas e uma verdadeira operação de guerra foi colocada em prática, contando com as participações da Police Nationale, que é a polícia civil francesa; Gendarmaria Nacionale, e a tropa de elite, RAID, unidade que opera contra os atos terroristas e o crime organizado no estado francês. Todo perímetro urbano foi vistoriado, mas nada foi encontrado tudo aponta para um atentado minuciosamente planejado pelo grupo criminoso, pois foi uma ação rápida e eficaz que conseguiu surpreender o forte esquema que foi armado para garantir a integridade física dos líderes mundiais que ali estavam reunidos.

   O tempo passava rápido, mesmo com todo aparato policial para localizar a facção criminosa, os resultados eram frustrados, apesar do monitoramento através câmeras, o espaço aéreo foi fechado para evitar uma possível fuga dos sequestradores. O primeiro-ministro francês através dos canais de televisões, fez um apelo para que à população colaborasse fornecendo informações que levassem a captura dos guerrilheiros autores do atentado, tudo foi em vão, pois não obstante todos os esforços envidados pelo governo francês, jamais os terroristas foram capturados e nem tão pouco localizados.

              Já se haviam transcorridos três longos anos do atentado aos membros do acordo de paz de Paris, e as investigações não tinham avançado muito, o que se sabia era que foram sequestrados três membros da delegação árabe, Ahmad Al – Sabbah, chefe da delegação e Ali Al – Makkim assessor de imprensa e o Sheik, Zayn, herdeiro do trono saudita. Apesar de todos os esforços das forças de segurança nacional e internacional, nenhuma pista foi encontrada que conduzisse aos autores do sequestro, e nem tão pouco nenhum contato deles quanto ao pedido de resgate ou assumindo à autoria do atentado. Tudo parecia muito estranho, pois normalmente esse não era o modus operandi utilizado pelos revolucionários rebeldes.

             A imprensa atribuía o ato terrorista a militantes israelenses, já que na época a guerra fria entre os dois países estava no auge de um conflito sangrento que já havia ceifado várias vidas. A comunidade islâmica era radicalmente contra a ocupação das suas terras pelos israelenses.

            No campo diplomático era cada vez mais contundente a cobrança feita a França para que desse uma resposta a comunidade internacional acerca do fato ocorrido e quais as providências adotadas pelas autoridades francesas para elucidação do ato terrorista.

             Cassis é uma cidade belíssima localizada no extremo sul da França, repletas de formações naturais, que se formaram de um acidente geográfico que ocorreu a beira mar do mediterrâneo que deu origem aos famosos calanques, que se apresentam na forma de angras, enseadas e baías com lados escarpados, composto por várias falésias, que podem ser conhecidos através de trilhas ou pode também apreciá-los de barco ao mar.

             Há tempos que ele era visto pelos pontos turísticos de Cassis, era jovem e aparentava ter uns 45 anos, tinha aproximadamente, 1,80 m de altura, de olhos e cabelos negros carinhosamente era chamado de Mon lapin, que em franceses significa coelho, animal bastante dócil e carinhoso. Contasse que ele foi salvo por um morador da região próximo a um dos calanques, bastante ferido e quase sem vida, que lhe prestou os primeiros socorros levando-o uma unidade de saúde e que depôs ao procurá-lo, ele já havia sido liberado e nunca mais foi visto pelas redondezas. Por coincidência uma expedição chefiada pelo francês, Lohan Martin, afirma que na mesma época teria presenciado um acidente com um veículo que despencou de um penhasco e afundou no lago logo abaixo, provavelmente ele teria sido um dos sobreviventes do acidente descrito pelo guia turístico.

             Quanto a Mom lapin, nada se sabia, falava fluentemente o idioma local, mas não se recordava absolutamente de nada do seu passado, nem mesmo como tinha chegado aquela cidade, tinha ganhado esse apelido dos comerciantes e guias turísticos, porque ele era muito rápido, logo cedo aparecia e ocupava o seu ponto preferido junto a igreja, Eglise Saint Michel de Cassis e quando se aproximava o final da tarde desaparecia quase por encanto. Assim era a rotina diária daquele personagem anônimo que ninguém conhecia, mas que já tinha conquistado a simpatia de todos.

           No entanto algo inesperado aconteceria que mudaria todo curso da história, decorrido mais de 5 (cinco) anos do atentado de 27 de janeiro 1973, o mistério estava prestes a ser desvendado.  O Serviço secreto saudita que a muito vinha monitorando o caso, havia localizado onde se encontravam os sequestrados, vigiados por dois terroristas israelenses, Ahmad Al Sabbah e Ali Al – Makki, que ao serem descoberto empreenderam fuga com destino a Cassis, onde seria mais fácil se refugiarem em seus penhasco e florestas, no entanto, ao longo do caminho o condutor do furgão preto, perdeu o seu controle e despencou desfiladeiro abaixo até desaparecer nas águas.

        Mergulhadores de uma unidade saudita especializados em resgates aquáticos, logo após o acidente, conseguiram chegar até o automóvel sinistrado. Os corpos foram resgatados, menos um que não se encontrava no carro, o do Sheik Zayn Abdallah, foi feita uma inspeção completa pelos agentes em todo o perímetro, mas não conseguiram localizá-lo. As investigações continuaram sem sucesso.  

      O enigma continuava, quem seria aquele homem que tinha conseguido cativar a todos que dele se aproximava; qual era a sua verdadeira identidade; o que ele fazia numa cidade tão distante de Paris, perguntas que continuariam sem respostas se não tivesse ocorrido um fato inesperado. Como era de costumes, Mom Lapin, estava no seu lugar costumeiro, próximo a Igreja Saint Michel de Cassis, quando repentinamente desmaiou, por coincidência visitava o local um grupo de médicos, que ao examiná-lo diagnosticaram que ele estava tendo um infarto do miocárdio e não havia tempo a perder.  Paris era muito distante 672 km enquanto a cidade mais próxima era Marselha distante apenas 20 km, imediatamente foi chamada uma ambulância equipada com UTI, que o conduziu ao centro hospitalar referenciado em cardiologia.

      A equipe cardiológica era chefiada pelo Dr. Khalil Al – Madini, cuja nacionalidade era árabe, o paciente foi levado às pressas para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com um quadro gravíssimo, os procedimentos teriam de ser rápidos, pois o tempo era curto para salvar à sua vida, os exames de rotina foram feitos em caráter de urgência e um deles chamou à atenção dos médicos, detectaram algo como se fosse um o nome criptografado no antebraço direito,  chamaram o Dr.Khalil, que ao examinar a mensagem, empalideceu, a tradução do nome era, Sheik Zayn Abdallah.

     Urgentemente foi mantido contato com departamento secreto saudita, que enviou à sua equipe de elite para Marselha. Dada a gravidade do estado de saúde do paciente ele foi transferido para Paris em uma aeronave militar equipada com UTI, para o centro hospitalar, European Hospital George Pompido. Após realizados os exames necessários para diagnosticar o grau de risco do paciente, os procedimentos cirúrgicos foram adotados, o paciente reagiu bem e foi colocado fora de perigo.

            Recuperado da cirurgia cardíaca, Zayn, foi submetido a uma série rigorosa de exames com a finalidade de detectar o dano cerebral que tinha sofrido, já que havia perdido a memória. Foi diagnosticado que ele estava com amnésia dissociativa, que é um tipo de amnésia (perda de memória) provocada por traumas ou estresse e resulta na incapacidade de recorda informações pessoais importantes. A pessoa tem falhas na memória, que podem durar poucos minutos a décadas. Estava explicado por que ele não recordava nada do que tinha acontecido no seu passado. Foi recomendado pela equipe médica que o assistia à sua transferência a um Hospital específico em tratamento neurológico.

           Presume-se que o objetivo do grupo criminoso era usar o Sheik Zayn Abdallah, como moeda de troca na libertação dos principais líderes da organização terrorista presos em territórios árabes.         

              

 

          NOTA DO AUTOR: Esta é uma obra de pura ficção qualquer semelhança é mera coincidência.

 

Autor – José Valdomiro Silva

 

 

 

 

  

      

AMANTES DE UMA VIDA

 

 

Se o seu tempo fosse o meu

Talvez, tudo poderia de sido diferente,

Aquela chama que acendeu

No coração da gente

 

Jamais teria se apagado;

Seria como o fogo ardente das paixões

Que nos queima e não é cicatrizado

Sempre estará presente nas nossas recordações

 

Das lindas manhãs ensolaradas;

Do lirismo dos nossos encontros

Nas noites e madrugadas enluaradas

Iluminando nossos recantos.

 

Fomos amantes de uma vida

Que nos fez acreditar,

Que à nossa história jamais seria esquecida

E nunca deixaríamos de nos amar.

 

Agora, não mais nos pertencemos

Somos apenas parte das lembranças;

De um tempo lindo que vivemos

Dos sonhos, das nossas andanças.

 

Nos encontraremos nas aventuras;

Na meiguice da felicidade

De um amor livre sem censuras

Que nos fascinou e depois virou saudade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANDANÇAS

 

De repente recordo às nossas andanças

O passado acorda as lembranças

Que o tempo deixou em algum lugar;

E no sopro do vento vem a voar.

 

Vêm dos campos; das colinas; das pradarias

E traz de volta nossas manias:

O cheiro do mato à água corrente;

A beleza do pôr do sol no poente;

 

São maravilhas que jamais esqueceremos,

E para sempre amaremos,

Pois fazem parte da nossa história

Que estará eternamente na nossa memória.

 

Sempre existirá aquele inesquecível momento

Que desperta o nosso sentimento

No meio de uma magica noite

Que traz de volta aquela brisa e seu açoite.

 

Daquele cheiro de flor que nos perfumou

Quando à mimica dos nossos corpos nos marcou

Sob o brilho das estrelas amantes,

Que revelaram nossos amores errantes.

 

As marcas que deixamos nos atalhos da vida

É uma relíquia que não será esquecida

Pois são eternas recordações