sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CAMINHOS DOS VENTOS



Eu venho do norte!
Trago o aroma
Dos jardins encantados.
Eu venho do sul!
Das campinas, dos lagos
De águas cristalinas.
Eu venho do leste!
Das noites estreladas,
Dos vales da inocência.
Eu venho do oeste!
Sou um Imigrante
Do universo da vida,
Sou o artesão
Do outono.
Teço os tapetes
Dos seus caminhos
Com suas folhas.
Sou eu que transporto
A poeira do tempo,
Que modifico as dunas
Que te rodeiam,
E deixo às manhãs
De inverno mais frias.
Sou coreografo das árvores
Que se agitam
Com a minha chegada,
E deixam-me passar
Com a minha
Intrépida caminhada.
Sou eu que roubo
As pétalas das flores
Dos Jardins da natureza,
Quando chega
A primavera,
Espalhando-as no ar.
Sou instável
Como às chuvas de verão,
Que orvalham os campos
Com gotas de cristais.


sábado, 3 de agosto de 2013

NÃO SEI POR QUÊ




Não sei por quê?
Encontramo-nos!
Será que foi por acaso?
Que nossos caminhos
Cruzaram-se,
Ou foi obra
Do destino que nos fez
Acreditar em sua existência.
Não sei por quê?
Entregamo-nos!
Acostumamo-nos
Um com o outro.
Será que valeu?
Amar tanto assim!
Ou foi uma simples
Atração passageira.
Não sei por quê?
Sonhamos tanto!
Será que foi paixão?
Ou apenas um tosco engano.
Que era falso
O brilho daquele olhar.
Que o sorriso que aflorou
Nos seus lábios
Foi apenas um disfarce
Que pensei ser verdadeiro.

VIAGEM



Hoje meu olhar ficou
Perdido no horizonte!
Um ponto qualquer
 Despertou-me
No firmamento distante.
Produto da minha mente
Viajei pelo tempo.
Sonhei como um adolescente
De cabelos desalinhados
 Pelo vento.
Ontem voltei
À minha infância,
Uma bela flor
 Vi se abrindo.
Recordações perdidas
 Na distância
Que aos poucos vão sumindo.
O amanhã está chegando
Cheio de incertezas,
Como um filme
Que está acabando.
Despeço-me num misto
 De alegrias e tristezas
E acordo dos meus sonhos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

RETROSPECTIVA



Estou preso numa cadeira!
A dor me consome.
Ao som de uma melodia
Vejo o tempo passando por mim.
Sinto saudades daquela brincadeira
Sem nome,
Que me dava alegria
Sem fim.
Meu corpo está estático
Percorro vales, pradarias e mares,
Com o meu pensamento,
Verdadeiros paraísos.
Como o meu mundo era fantástico!
Jardins e pomares
Agitados pelo movimento
Dos meus sorrisos.
Vivi sem saber
Que a vida
É uma eterna canção de amor!
De lindos versos e rimas
Cabe a nós escrever
Seu inicio, sua partida.
Separar o espinho da flor
Cultivá-la como obra prima.

INSPIRAÇÃO PERDIDA



Procurei a inspiração
Na beleza da natureza!
E não a achei.
Pensei encontrá-la
No luar,
Eterno companheiro
Das minhas andanças;
Pelas madrugadas
Boêmias.
Procurei a inspiração
Nas canções!
Que me consolavam
E me faziam dormir,
Quando a insônia,
Insistia em ficar
Comigo;
E não consegui localizá-la.
Viajei pelos sonhos
Encantados da imaginação.
Procurei a inspiração
Para revelar os segredos!
Do meu coração
Mas, ela me proibiu,
E me deixou sozinho.