quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PENSAMENTO


O pensamento vagueia
Pelas ruas das lembranças!
Busca encontrar
Algo que ficou perdido
Em algum lugar;
No meio do caminho
Coberto pela folhagem.
Do tempo que passou,
Rabiscos escritos
Nas páginas amareladas,
Que a poeira do passado
Não apagou.
Talvez nunca seja encontrado,
Caiu no esquecimento;
Perdeu-se nos atalhos
Da vida.
Lampejos de uma lucidez
Que desperta na mente
O sonho de antigamente.
Retalhos que ficaram
Perdidos na imaginação.
O pensamento passeia
Pela estrada da recordação;
Sem nada encontrar.

PARADOXO


O tempo passa,
E eu  vou junto com ele.
Olho no espelho,
E vejo a transformação
Do meu corpo.
Tento em vão,
Conter a metamorfose
Do meu ser.
Procuro separar,
O físico do psíquico.
O meu consciente
Impõe  limites,
Que me recuso a aceitá-los.
Sou obrigado a seguir
Pela marginal
Da minha geração.
E tento me convencer
Que tudo é apenas
Um pesadelo.
Que a juventude é sinônimo
De imortalidade.
Olho no espelho e vejo,
Que meu pensamento
É paradoxal ao processo de viver.

sábado, 29 de setembro de 2012

QUERO VER O SOL



Quero ver o sol
Como antigamente!
Poder despertar
Com seus raios,
Iluminando o meu quarto
Convidando-me pra vida.
Quero ver o sol
Como antigamente!
Aquecer o meu corpo
Com o teu calor.
Mergulhar no primeiro
Rio que encontrar;
Pra me refrescar.
Quero ver o sol
Como antigamente!
Secando às lagrimas
Da noite ao amanhecer.
Poder contemplar
Todo seu esplendor
Ao nascer.
Príncipe das tranças
Doiradas;
Ardente como o desejo,
Que desaparece ao anoitecer.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ANGÚSTIA


Sentimento que aperta o coração,
Que nos deixa sufocado
Sem saber o que fazer.
Que nos faz liberar
As lágrimas sem querer.
Sentimento sem definição.
Sensação de abandonado
Distante do prazer,
Onde é proibido sonhar,
E nada nos faz esquecer.
Sentimento de perda,
De um intenso vazio
Onde às lembranças
Do passado,
Renascem no presente.
Sentimento de despedida,
De um tempo perdido
E sem esperanças.
Solitário e amargurado
Que nos deixa frágil e carente.


A DOR DA AUSÊNCIA


A despedida é uma dor,
Que a princípio
Não tem cura.
No auge do furor
A lembrança do início
É uma tortura,
Que dilacera
Nosso ser.
Nada tem sentido.
O coração parece sangrar,
Pois é hora de esquecer
O que foi vivido.
De abrir o sorriso,
E esconder às lágrimas
E deixar o tempo passar.
O futuro é impreciso.
Tudo ficou na memória,
Não da mais pra mudar.
Pra dor da partida
Não existe remédio.
É uma ilusão perdida
Onde predomina o tédio.