sábado, 11 de maio de 2024

AMANTE CORAÇÃO

  

Eu serei sempre aquela brisa fagueira

Que sopra do infinito,

Que passeia pelas roseiras

De um amante coração incógnito.

 

Fui escravo dos amores da vida

Que me enfeitiçaram nas madrugadas

E partiram sem despedidas

Numa revoada de estrelas iluminadas.

 

Meu olhar se perde na distância

Dos caminhos percorridos;

Pelos jardins encantados da infância

Que purificaram meu corpo com sua fragrância.

 

Fui protagonista de tantas aventuras,

Contumaz cúmplice das boemias

Personagem anônimo das noites fulguras

Abraçado pela ternura das minhas fantasias.

 

E, o tempo escreveu a minha história

Nas suas páginas criptografadas,

No arquivo secreto da minha memória

Que no livro da vida não foram publicadas.

 

Minha voz se calou no silêncio das recordações

Que mercaram o avesso dos meus sentimentos;

Que extasiaram minhas foscas paixões,

 Lembranças que ficaram dos belos momentos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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